por Rosimar Teykal (setembro/2005)
Rosimar, ou Rose, como nós a chamamos, é mãe de duas filhas e fundadora das Amigas do Peito. Coordena o Grupo da Tijuca, atende o Disque-Amamentação, representa as Amigas em eventos e congressos, além de fazer muitas coisas mais!
Há vários obstáculos em nossa relação diária com nossos bebês, e um dos mais graves são as pressões que recebemos de todos os lados: de nossos familiares, dos amigos e também dos profissionais de saúde.
Elas começam de maneira sutil: "o neném está chorando muito, e engordou muito pouco"; "acho que seu leite não deve estar sustentando-o"; ou ainda: "você é muito nova, nunca teve filho antes, por isso não entende como cuidar do bebê"; "está vendo como ele não quer pegar seu peito?"; e mais: "olhe, faça o seguinte: dê primeiro o peito, mas depois você complementa com a mamadeira, porque você não tem muito leite, não é?".
Depois vão se tornando de forma agressiva, tipo assim: "ai, meu Deus, você está matando essa criança de fome"; "você quer que seu filho fique subnutrido?"; "o leite materno só é importante nos primeiros 6 meses, depois disso, não tem mais utilidade nenhuma"; ou ainda: "criança que fica mamando toda vida, fica dependente".
Todas essas formas de pressão levam a mãe à angústia, ansiedade, à intranqüilidade, à insegurança, ao desespero, à culpa e, finalmente, a mãe se sente totalmente incompetente para por em prática seus desejos, seus sonhos, sua realização. E então surge um outro sentimento: a frustração.
E aí, quem paga essa conta? Claro que é a mãe e é o bebê! Sim, a mãe, porque deixa de vivenciar uma das experiências mais significativas e maravilhosas, própria da mulher; e o bebê, porque se vê privado de receber o melhor de sua mãe, que é o seu leite de vida, leite de amor, leite de confiança, leite de segurança, leite de carinho, de força e de coragem. Lembrem-se que o bebê não vem ao peito da mãe só por fome de alimento; ele sente fome de tudo isso acima exposto.
Por isso, amiga, é muito importante buscar conversar com quem viveu e já superou estas dificuldades, saber que não há regras e leis que regulem os bebês e as mamadas, que eles não chegam com manual de instrução para sabermos como funcionam, mas que teremos que descobrir passo a passo, juntos, sabendo que cada caso é um caso, que as individualidades já se mostram entre os bebês (uns gulosos, outros agitados, uns impacientes, outros calminhos....). É um desafio estimulante...
Lembrar de mil outras coisas favorece muito a amamentação, mas esquecer muitas interferências e palpites acho que ajuda muito mais. Nenhuma mulher é incapaz de cuidar de seu filho. Pode ser inexperiente, nervosa, atolada, organizadíssima, qualquer coisa, mesmo assim, ela vai dar um jeitinho e ser a mãe do seu bebê, que a ama, que a reconhece pelo cheiro, pelo tato, pela voz...
Resumindo, se a gente deixar fluir, não vai precisar reclamar que peito não é transparente para vermos quanto leite tem dentro; que a barriga do bebê não tem bóia nem ladrão para avisar quando está cheia (até porque o que faz o neném parar de mamar é a saciedade oral, não a quantidade ingerida); o leite vai sair tranqüilo, meio azulado, escorrendo pelo bico e pela boca.
E o mais importante de tudo é relaxar.... E amamentar relaxado.... é um barato!!
Bebês ao peito e ... boa mamada!
Elas começam de maneira sutil: "o neném está chorando muito, e engordou muito pouco"; "acho que seu leite não deve estar sustentando-o"; ou ainda: "você é muito nova, nunca teve filho antes, por isso não entende como cuidar do bebê"; "está vendo como ele não quer pegar seu peito?"; e mais: "olhe, faça o seguinte: dê primeiro o peito, mas depois você complementa com a mamadeira, porque você não tem muito leite, não é?".
Depois vão se tornando de forma agressiva, tipo assim: "ai, meu Deus, você está matando essa criança de fome"; "você quer que seu filho fique subnutrido?"; "o leite materno só é importante nos primeiros 6 meses, depois disso, não tem mais utilidade nenhuma"; ou ainda: "criança que fica mamando toda vida, fica dependente".
Todas essas formas de pressão levam a mãe à angústia, ansiedade, à intranqüilidade, à insegurança, ao desespero, à culpa e, finalmente, a mãe se sente totalmente incompetente para por em prática seus desejos, seus sonhos, sua realização. E então surge um outro sentimento: a frustração.
E aí, quem paga essa conta? Claro que é a mãe e é o bebê! Sim, a mãe, porque deixa de vivenciar uma das experiências mais significativas e maravilhosas, própria da mulher; e o bebê, porque se vê privado de receber o melhor de sua mãe, que é o seu leite de vida, leite de amor, leite de confiança, leite de segurança, leite de carinho, de força e de coragem. Lembrem-se que o bebê não vem ao peito da mãe só por fome de alimento; ele sente fome de tudo isso acima exposto.
Por isso, amiga, é muito importante buscar conversar com quem viveu e já superou estas dificuldades, saber que não há regras e leis que regulem os bebês e as mamadas, que eles não chegam com manual de instrução para sabermos como funcionam, mas que teremos que descobrir passo a passo, juntos, sabendo que cada caso é um caso, que as individualidades já se mostram entre os bebês (uns gulosos, outros agitados, uns impacientes, outros calminhos....). É um desafio estimulante...
Lembrar de mil outras coisas favorece muito a amamentação, mas esquecer muitas interferências e palpites acho que ajuda muito mais. Nenhuma mulher é incapaz de cuidar de seu filho. Pode ser inexperiente, nervosa, atolada, organizadíssima, qualquer coisa, mesmo assim, ela vai dar um jeitinho e ser a mãe do seu bebê, que a ama, que a reconhece pelo cheiro, pelo tato, pela voz...
Resumindo, se a gente deixar fluir, não vai precisar reclamar que peito não é transparente para vermos quanto leite tem dentro; que a barriga do bebê não tem bóia nem ladrão para avisar quando está cheia (até porque o que faz o neném parar de mamar é a saciedade oral, não a quantidade ingerida); o leite vai sair tranqüilo, meio azulado, escorrendo pelo bico e pela boca.
E o mais importante de tudo é relaxar.... E amamentar relaxado.... é um barato!!
Bebês ao peito e ... boa mamada!
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