Lipe nunca foi um bebê que sorria para todos, sempre foi quietinho, sossegado. Não estranhava as pessoas, mas sempre foi na dele, ia no colo de todos sim, mas sempre sério e quieto e continua assim.
Quando a mamãe se depara com uma situação em que seu filho não diz nem o nome a uma tia que o pequeno nunca viu, uma dúvida pode aparecer: essa timidez do meu filho é normal ou ele já deveria conversar com todos?
Timidez é uma característica da personalidade da criança e não uma doença.
Naturalmente, em algumas crianças é mais acentuada do que em outras. Surge em situações em que a criança é observada, avaliada ou exposta como em uma conversa com estranhos ou quando vai fazer algo pela primeira vez.
O problema se inicia quando essa timidez passa dos limites de normalidade e começa a prejudicar o convívio social da criança, merecendo mais atenção dos pais. É quando a criança se isola, não faz amizades, prefere ficar sozinha no quarto a brincar com os amiguinhos na praça ou precisa da ajuda dos pais para tudo.
A timidez prejudicial é aquela em que a criança não consegue transpor um obstáculo para realizar alguma tarefa, como solicitar ao professor para ir ao banheiro, pedir alguma informação ou fazer alguma tarefa em grupo na escola. Crianças tímidas excessivamente não se divertem e correm o risco de mais tarde desenvolver transtornos psiquiátricos, entre os quais ansiedade e fobia social.
A criança tímida normalmente tem medo de errar e se exige ao máximo, temendo a reação das outras pessoas. Com medo de errar, os pequenos evitam tomar a iniciativa e preferem ficar isolados.
Isso prejudica também no rendimento escolar, onde as crianças não solicitam o professor e nem mostram o que sabem, falando pouco e não interagindo no coletivo.
Muito grude dos pais favorece esse mal - Um dos achados de estudos sobre timidez diz que crianças tímidas filhas de pais superprotetores têm grande possibilidade de serem adultos retraídos. Mas isso não é regra. Bebês que começam a ir à creche cedo tendem a vencer mais facilmente a timidez.
O papel dos pais é essencial para a criança superar a timidez excessiva. Não ache que seu filho tímido será a criança mais popular da escola ou que cantará na festa da escola na frente de todos os pais e coleguinhas, mas poderá fazer amizades mais facilmente e não passará aperto se sentir vontade de ir ao banheiro.
O primeiro passo é ir devagar. Se o pequeno não quer dançar na festa junina do colégio, tudo bem, mas os pais devem levá-lo à festa, incentivarem o convívio com os amigos e fazê-lo curtir de modo bem gostoso. Os pais não devem forçar. Isso só deixará a criança mais ansiosa e retraída.
Incentive a ida da criança em festas de aniversário de amigos, passeios da escola e brincadeiras no parquinho onde terá mais crianças. Despertar a curiosidade da criança pode ajudar. Diga quem estará no passeio ou na festa, onde será, como vai ser e o que vai ter. Isso deixará a criança mais segura e com curiosidade de ver como é que vai ser.
Dicas
O diálogo em casa ajuda na auto-estima e aumenta a segurança da criança nela mesma.
Estimular a criança a se relacionar, mas diga que não precisa ser a mais popular para se dar bem com os amigos. Evite comparar um filho com outro. Algo do tipo: “o outro irmão é mais desinibido que você”.
Incentive seu filho a ajudar os outros. Os especialistas dizem que é um “remédio” para a timidez.
Bruno Rodrigues
Data de publicação: 22/07/2008.
Timidez é uma característica da personalidade da criança e não uma doença.
Naturalmente, em algumas crianças é mais acentuada do que em outras. Surge em situações em que a criança é observada, avaliada ou exposta como em uma conversa com estranhos ou quando vai fazer algo pela primeira vez.
O problema se inicia quando essa timidez passa dos limites de normalidade e começa a prejudicar o convívio social da criança, merecendo mais atenção dos pais. É quando a criança se isola, não faz amizades, prefere ficar sozinha no quarto a brincar com os amiguinhos na praça ou precisa da ajuda dos pais para tudo.
A timidez prejudicial é aquela em que a criança não consegue transpor um obstáculo para realizar alguma tarefa, como solicitar ao professor para ir ao banheiro, pedir alguma informação ou fazer alguma tarefa em grupo na escola. Crianças tímidas excessivamente não se divertem e correm o risco de mais tarde desenvolver transtornos psiquiátricos, entre os quais ansiedade e fobia social.
A criança tímida normalmente tem medo de errar e se exige ao máximo, temendo a reação das outras pessoas. Com medo de errar, os pequenos evitam tomar a iniciativa e preferem ficar isolados.
Isso prejudica também no rendimento escolar, onde as crianças não solicitam o professor e nem mostram o que sabem, falando pouco e não interagindo no coletivo.
Muito grude dos pais favorece esse mal - Um dos achados de estudos sobre timidez diz que crianças tímidas filhas de pais superprotetores têm grande possibilidade de serem adultos retraídos. Mas isso não é regra. Bebês que começam a ir à creche cedo tendem a vencer mais facilmente a timidez.
O papel dos pais é essencial para a criança superar a timidez excessiva. Não ache que seu filho tímido será a criança mais popular da escola ou que cantará na festa da escola na frente de todos os pais e coleguinhas, mas poderá fazer amizades mais facilmente e não passará aperto se sentir vontade de ir ao banheiro.
O primeiro passo é ir devagar. Se o pequeno não quer dançar na festa junina do colégio, tudo bem, mas os pais devem levá-lo à festa, incentivarem o convívio com os amigos e fazê-lo curtir de modo bem gostoso. Os pais não devem forçar. Isso só deixará a criança mais ansiosa e retraída.
Incentive a ida da criança em festas de aniversário de amigos, passeios da escola e brincadeiras no parquinho onde terá mais crianças. Despertar a curiosidade da criança pode ajudar. Diga quem estará no passeio ou na festa, onde será, como vai ser e o que vai ter. Isso deixará a criança mais segura e com curiosidade de ver como é que vai ser.
Dicas
O diálogo em casa ajuda na auto-estima e aumenta a segurança da criança nela mesma.
Estimular a criança a se relacionar, mas diga que não precisa ser a mais popular para se dar bem com os amigos. Evite comparar um filho com outro. Algo do tipo: “o outro irmão é mais desinibido que você”.
Incentive seu filho a ajudar os outros. Os especialistas dizem que é um “remédio” para a timidez.
Bruno Rodrigues
Data de publicação: 22/07/2008.